sexta-feira, 29 de março de 2013

Palavra do dia : Indignação !

Hoje uma amiga minha foi ter o seu bebê na maternidade São José e falaram p o marido dela que ele não podia entrar p acompanhá-lá , ele já estava preparado e mostrou a lei do acompanhante , eles não se deram por satisfeitos e disseram que não havia roupa esterilizada p ele !

Como ele trabalhava com isso , ele tinha roupa de Centro Cirúrgico em casa e alegou que iria buscar ,olha onde chega o absurdo da situação! Depois disso, já sem argumentos para usar,  finalmente deixaram ele entrar ...

Graças a Deus que ele foi instruído e soube lutar por seus direitos, mas quantas gestantes entram nas salas de pré parto assustadas e sozinhas , deixando de usufruir da presença do seu marido ou acompanhante de sua escolha? 

A sensação que eu tive hoje foi , vou denunciar para o Ministério da Saúde , vamos chamar a imprensa, levar um advogado, qualquer coisa! Mas não vamos mais ficar de braços cruzados, vendo grandes momentos de nossas vidas sendo roubados por um sistema de mentira e corrupção que pensa que somos todos ignorantes e que sequer imaginamos que isso é um direito e não um favor que o hospital faz para as famílias !

Uma vez eu ouvi uma pregação do meu pastor que dizia que devemos sentir indignação pelas coisas erradas ! E hoje posso dizer que estou indignada com a falta de respeito, com a falta de amor ao próximo, com o descaso da saúde no Brasil onde existe uma lei, e ninguém verifica o cumprimento da mesma, com a falta de escrúpulos dos hospitais seja público ou privado, pois as maternidades particulares são ainda piores, indignada porque o povo se deixa ser enganado por falta de conhecimento!

Vou orar cada vez mais e mais para que o Senhor mude esta situação,nos dê profissionais capacitados e comprometidos pelo bem estar de seus pacientes, nos dê políticos que tenham caráter e princípios Cristãos, que lutem pelo bem da sociedade e dessa nação , que não sejamos apenas um dos países com os impostos mais caros do mundo, mas que tenhamos a melhor educação, a melhor saúde e a melhor segurança!

Sara Senhor esta Nação, e que um dia possamos dizer " Feliz é o Brasil em que Deus é o Senhor !

Carla

quinta-feira, 28 de março de 2013

Taxa extra para realização de partos é indevida', diz representante da AN

Atualmente, o procedimento é coberto pelos convênios. O Conselho Federal de Medicina autoriza a cobrança e gera polêmica.

A cobrança de uma taxa extra pelos médicos para a realização de partos gera polêmica. Atualmente, o procedimento é coberto pelos convênios. O Conselho Federal de Medicina autoriza a cobrança, mas a Agência Nacional de Saúde Suplementar considera indevida. “Não deve haver uma cobrança de taxa extra para a disponibilidade de um obstetra na sala de parto”, afirma Karla Coelho, gerente de Assistência à Saúde da ANS.
Segundo a representante da agência, a gestante deve conversar com o médico durante o pré-natal. “A conversa deve ser clara, deve ser franca. Não pode haver essa cobrança. O plano de saúde dá cobertura obrigatória para todos os exames, assistência ao trabalho de parto também está incluída”, ressalta.
Karla Coelho diz que se o médico cobrar, a paciente deve fazer uma denúncia à ANS. “A taxa extra é indevida e a agência está multando as operadoras que têm esses médicos que cobram por fora”, aponta. A representante também afirma que os médicos que cobram estão sendo punidos.
Se você tem dúvidas sobre a taxa ou quer denunciar, entre em contato com a Agência de Saúde Suplementar pelo telefone 0800 701 9656.

segunda-feira, 25 de março de 2013

NASCIMENTO DA CECÍLIA


Alguns meses depois...

Momento de felicidade plena !
Bonequinha linda !

 Era domingo,  dia 26 de agosto de 2013.Passei o dia todo passeando  e comecei a sentir um pouco de cólica no “pé da barriga” seguida de endurecimento da barriga. Ao voltar para casa por volta das 17:00 hs percebi o primeiro sinal da que a Cecília estava a caminho, um pouco de sangue junto com uma secreção( como clara de ovo).
Em seguida liguei para minha obstetra, mas o celular estava fora de área. Depois liguei para a minha amiga e doula Carla para deixá-la em alerta e já começar a se preparar para a jornada. Na minha primeira gravidez o trabalho de parto durou muitas horas e eu estava na expectativa de longas horas também desta vez.
Começei a observar o tempo entre uma e outra contração, eram de 5 em 5 minutos. Quando consegui falar com minha obstetra já eram 19:00 hs e ela me orientou a  aguardar mais uma hora e ver se estas contrações eram em intervalos regulares e de 5 em 5 minutos realmente.
Mais tarde liguei pra ela novamente  e confirmei sobre as contrações. Ela me orientou a ir para a maternidade para ser examinada. Nesta hora liguei novamente para a Carla e combinamos que ela viria até minha casa, para seguirmos juntos para a maternidade.
Quando ela chegou por volta das 21:00 hs, eu estava no quarto fazendo minha outra filha dormir. Logo que terminei já pegamos todas as coisas e quando estávamos perto da porta de saída minha bolsa estourou.
Na garagem já comecei a sentir contrações maiores e a Carla telefonou para minha obstetra e disse que eu estava com a bolsa rompida e contrações freqüentes, eram 22:17 hs.
Fomos correndo para a maternidade e ao chegar lá a Carla ficou comigo enquanto meu marido fazia os procedimentos para dar entrada no hospital. Ela estava segurando minha mão quando vinham aquelas dores que só quem já sentiu sabe.
Vendo o meu estado a enfermeira me chamou para ser atendida e eu recusando a cadeira de rodas (para o parto normal é sempre melhor  andar) fui andando. As contrações foram aumentando e eu não conseguia mais andar. No meio dos corredores pedimos a cadeira de rodas e eu fui direto para a sala de parto. A Carla entrou comigo e ao perceber que a Cecília já estava nascendo, voltou para chamar meu  marido.
Minha obstetra chegou quando estava na mesa de parto e tudo já em andamento. Como conhecia a Carla mandou chamá-la e ela pode acompanhar, junto com meu marido, o nascimento da Cecília. Foi emocionante. Ela nasceu as 22:55 hs.
Enquanto meu marido acompanhou nossa pequena filha nos primeiros exames, a Carla ficou comigo até ir para o quarto.
Também passou comigo a primeira noite na maternidade para que o meu marido pudesse ir para casa para cuidar da nossa filha mais velha que tinha ficado com uma vizinha.
Foi tudo muito rápido e a Carla nem pode aplicar suas técnicas e conhecimentos de doula. Mais  a presença dela me trouxe muita segurança e conforto. Tenho um carinho enorme por esta doce pessoa que é a Carla. Uma mulher que deixa transparecer o amor de Deus através de sua vida e de suas atitudes. Obrigada por ter participado de um dos mais marcantes dias da minha vida. Amo você em Cristo Jesus. Deus te abençoe!

 bjusss

E se lhe perguntaram “pra quê ter uma doula?”, você pode responder: “Sei lá, pra quê ter uma amiga?”

Algumas pessoas podem pensar , que uma doula é totalmente desnecessária , que já tem o marido , o médico , a mãe , etc... Uma doula jamais substituirá a importância  do marido , o amor de uma mãe e a parte profissonal e técnica do profissionais da saúde , mas também por outro lado nenhum deles pode substituir a presença de uma doula !

A doula é uma pessoa preparada para dar todo o apoio físico e emocional    para a parturiente  no  momento do trabalho de parto e pós parto ,muitas vezes   toda a  família fica apavorada com o processo, maridos entram em estado de choque literalmente , mães que falam que suas filhas não precisam passar por esta dor e deviam logo fazer uma cesárea , tias contando histórias tristes sobre parto normal ... rsrs...enfim , um turbilhão de emoções coletivas !

É nessa hora que a doula entra em ação , dizendo que tudo aquilo é normal e necessário  , que tudo vai dar certo ,acalmando a gestante e os demais . Não é que a doula não sinta a emoção , preocupação e amor , muito pelo contrário , nessas alturas já viraram  grandes amigas e tias postiças dos bebês , e por isso mesmo que elas conseguem passar tamanha segurança e confiança , pois é uma pessoa amiga , que quer o seu melhor  ,que já passou pela mesma situação  várias vezes e sabe o que fazer , que está ao seu lado  segurando sua mão e não um profissional que acaba de conhecer e não sabe e nem o seu nome !

Por isso é tão injusto que a saúde no Brasil  ainda não entenda a importância da doula e ainda existam hospitais e  médicos não humanizados que não aceitam e barram a presença dessas mulheres  nos centro cirúrgicos e a gestante tenha que optar pela companhia do pai (vó ou irmã ) da criança  que é o laço de sangue ou da acompanhante especializada para ajudá - la nesta hora de tamanha fragilidade ...

Creio que não só eu como todas as doulas deste país sonhem com o momento em que haja maternidades e profissonais preparados para o parto  natural  ,que tenham salas de parto que comportem doula e acompanhante familiar , banheiras , bolas ,  e acima de tudo carinho e respeito , respeito pela vontade da mulher , de que modo ela quer dar a luz se tudo estiver bem , o entendimento de que gestante e o bebê são protagonistas desta história e não meros expectadores da "vontade soberana " de alguns médicos !

Resta ainda alguma dúvida de porque se contratar uma doula amiga  ?????

Carla




domingo, 24 de março de 2013

Concurso de beleza para gestantes







Quem disse que gestante não pode ser fashion??






Minhas gestantes lindas participem ! Acessem o link abaixo , se inscrevam e boa sorte !


               
                                                                 http://www.todapink.com.br/regulamento-fashion-mom/

sexta-feira, 22 de março de 2013

Meninas , vejam que interessante que eu encontrei no blog de uma doula fisioterapeuta

  Toque vaginal , faça você mesma !
O toque vaginal com o intuito de avaliar o colo do útero pode ser aprendido antes da gestação, durante a gestação, ou até mesmo durante o trabalho de parto!
Perceber as modificações que ocorrem no colo uterino e no muco cervical durante o ciclo menstrual, pode ajudar a mulher a distinguir seus dias férteis.
Conhecer seu colo do útero durante a gestação permite identificar as mudanças que sinalizam o amadurecimento e a dilatação cervical, que algumas vezes precedem o trabalho de parto e outras vezes só acontecem depois de iniciado o trabalho de parto.
Então vamos lá, mãos à obra!
As instruções iniciais são exatamente as mesmas da massagem perineal e também pode ser feito em conjunto com seu parceiro, que ao aprender o toque vaginal poderá partilhar com você outras percepções.
- Encontre um lugar onde você possa ficar sozinha, ou com seu parceiro, ininterruptamente.
- Ache uma posição confortável e que você tenha maior alcance a sua vagina. Uma dica é fazer flexão de tronco (curvar-se a frente ou ficar de cócoras), pois diminui a distância entre sua mão e sua vagina.
- Lave suas mãos e peça ao seu companheiro para fazer o mesmo, caso ele vá lhe ajudar.
- Lubrifique seu dedo indicador e médio. Você pode usar vários tipos de lubrificantes: gel a base de água, óleos vegetais, óleos minerais, etc.
- Coloque seus dois dedos dentro vagina e devagar vá deslizando-os em direção ao fundo da vagina, até encontrar o colo do útero.
- O colo do útero é uma estrutura proeminente e arredondada, com consistência parecida com a ponta do seu nariz. Geralmente, encontra-se em posição posterior, isto é, voltado para trás, em direção ao ânus. Em seu centro pode ser sentido um pequeno buraquinho, que permanece fechado durante toda a gestação (imagem acima).
- Durante o trabalho de parto o colo uterino se centraliza em relação ao canal de parto (vagina) e sofre duas modificações: o esvaecimento e a dilatação.
- O esvaecimento e a dilatação são independentes entre si, um pode ocorrer antes do outro ou ambos podem ocorrer simultaneamente.
- O esvaecimento ou amadurecimento ou apagamento cervical começa com a mudança de consistência, o colo uterino se torna macio, parecido com seu lábio. A seguir vai encurtando, se tornando menos proeminente, até ficar completamente plano e bem fino como uma membrana.
- A dilatação cervical é a abertura do colo do útero (imagem acima). O pequeno buraquinho no centro do colo começa a se abrir e conforme vai se abrindo pode ser medida a dilatação introduzindo inicialmente a ponta um dedo (± 1cm). Com a evolução da dilatação é possível colocar os dois dedos e a partir daí se mede sempre com esses dois dedos. Ao colocar os dois dedos você deverá abri-los o máximo possível e tentar perceber exatamente a posição/distância em que eles ficaram. Ao retirar os dedos, reproduza a posição/distância percebida e meça numa régua quantos centímetros tem da parte externa do dedo indicador até a parte externa do dedo médio (é medido por fora dos dedos). Deve ser medido numa régua, pois a largura dos dedos varia de pessoa para pessoa.
- A dilatação total é padronizada como 10cm. Porém na prática, para que haja o parto, considera-se a dilatação total quando no toque não se sente mais nada do colo, apenas a cabeça do bebê.
- Se a dilatação começar antes do colo se apagar, você poderá sentir a proeminência do colo, isso é chamado de rebordo de colo. É uma situação comum, que geralmente se resolve sozinha com o avanço do trabalho de parto.
- É comum o esvaecimento e/ou dilatação começar dias ou até mesmo semanas antes do parto, sem que isso signifique trabalho de parto iminente.
- Como é comum também o trabalho de parto se iniciar sem nenhuma mudança no colo e todo o processo de esvaecimento e dilatação ocorrerem durante o mesmo.
Por fim, cabe lembrar que cada mulher e cada parto são únicos, e que conhecer a dilatação não quer dizer muita coisa sobre a duração do trabalho de parto. Digo isso, pois tem mulheres que ficam doze horas para dilatar 2cm e depois dilatam os outros 8cm que faltam em duas horas, como tem também mulheres que após completarem a dilatação total ficam muito mais de duas horas até sentir os puxos do expulsivo – esses exemplos são para mostrar que cada caso é um caso, não tem fórmula, receita, padrão, tudo é relativo!

domingo, 17 de março de 2013

Parto Humanizado

A humanização do parto não significa mais uma nova técnica ou mais conhecimento, mas, sim, o respeito à fisiologia do parto e à mulher.

Muitos hospitais e serviços médicos ignoram as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e mulheres em que no mundo atual não se pode perder muito tempo.

Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco.
Já se provou que as parteiras são mais seguras que os médicos nos nascimentos de baixo risco, e que neste mesmo nascimento de baixo risco o parto domiciliar ou em Casas de Parto são tão seguros quanto os realizados nos hospitais e maternidades, com a vantagem de não realizarem tantas intervenções, pois o parto é mais natural.

O acompanhamento familiar deixa a parturiente mais tranqüila, tornando o parto mais seguro, ao constatar que a equipe especializada dos hospitais não consegue oferecer o suporte emocional que a parturiente necessita.

A posição deitada substituiu o parto vertical para melhor controle médico, mas a posição vertical é mais segura tanto para a mamãe quanto para o bebê, além de ser mais rápida. A presença do bebê junto à mãe após o parto é tão ou mais importante para o vínculo afetivo dos dois do que os exames realizados no bebê depois do parto e longe da mãe.

Mais do que após o parto, a presença do bebê junto à genitora no quarto é fundamental para o conhecimento de ambos, maior vínculo afetivo e amamentação prolongada. O leite artificial substituiu o leite materno e está provado que o aleitamento materno é superior nas suas qualidades.

Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível.
É a mulher que deve escolher onde ter o bebê, qual acompanhante quer ao seu lado na hora do trabalho de parto e no parto, liberdade de movimentação antes do parto e em que posição é melhor na hora do nascimento, direito de ser bem atendida e amamentar na primeira meia hora de vida do bebê. Para isso, é fundamental o pré-natal.

A dor é entendida como uma função fisiológica normal que pode ser aliviada com métodos não-farmacológicos amplamente embasados, mas não quer dizer que a mulher não tenha a escolha de optar pelo uso de analgesia.

Isso não significa que o parto cesárea ou com intervenção médica não possa ser humanizado. O parto cesárea existe para salvar vidas, mas não deve ser a grande maioria dos partos como acontece hoje e sim como em último caso. Isso também deveria acontecer com as intervenções médicas que somente devem ser aplicadas quando necessárias ou quando de escolha da mulher se bem orientada quanto a essas intervenções.

O Parto Humanizado significa direcionar toda atenção às necessidades da mulher e dar-lhe o controle da situação na hora do nascimento, mostrando as opções de escolha baseados na ciência e nos direitos que tem.

Bruno Rodrigues

quarta-feira, 13 de março de 2013

Saiba mais sobre as contrações !





A dilatação do colo do útero é um processo passivo que ocorre quando as contrações encurtam as fibras musculares do útero, empurrando o bebê para baixo e puxando o colo para cima. Essas contrações, uma após a outra, vão puxando o colo de tal forma contra a cabeça do bebê, que é como se ele estivesse vestindo uma blusa de gola muito apertada. Cada vez que o útero contrai no trabalho de parto, a gola veste mais um pedaço de milímetro de sua cabecinha.
A contração passa, o colo relaxa, mas não volta a fechar o que já abriu. Na contração seguinte, é puxado mais um pouco. Lá pelas tantas o colo "veste" toda a cabeça do bebê, em seu maior diâmetro. Essa é a "dilatação total", e nessa hora o colo do útero tem aproximadamente 10 cm de diâmetro.

Lei do acompanhante de parto - Lutando pelos direitos de todas as gestantes !

Queridas gestantes , conheçam os seu direitos . Não deixem que os hospitais  se  aproveitem de um momento de fragilidade seu e de seus familiares , e as privem  de ter um acompanhante de sua escolha , não é favor  é direito ! É o que diz a Lei 11.108, de abril de 2005:

Lei Federal nº 11.108, de 7 de abril de 2005
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
 
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente.
O Ministério da Saúde lançou uma portaria para regulamentar essa lei. Define como “pós-parto imediato” o período de 10 dias após o parto e dá cobertura para que o acompanhante possa ter acomodação adequada e receber as principais refeições.
Portaria nº 2.418 do Ministério da Saúde, de 2 de dezembro de 2005

Regulamenta, em conformidade com o art. 1º da Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a presença de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde - SUS.
Art. 1º Regulamentar, em conformidade com o art. 1º da Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005, a presença de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nos hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde - SUS.
 
§ 1º Para efeito desta Portaria entende-se o pós-parto imediato como o período que abrange 10 dias após o parto, salvo intercorrências, a critério médico.
 
§ 2º Fica autorizada ao prestador de serviços a cobrança, de acordo com as tabelas do SUS, das despesas previstas com acompanhante no trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, cabendo ao gestor a devida formalização dessa autorização de cobrança na Autorização de Internação Hospitalar - AIH.
 
§ 3º No valor da diária de acompanhante, estão incluídos a acomodação adequada e o fornecimento das principais refeições.
 
Art. 2º Os hospitais públicos e conveniados com o SUS têm prazo de 6 (seis) meses para tomar as providências necessárias ao atendimento do disposto nesta Portaria.
 
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

O prazo para adequação dos hospitais terminou em junho de 2006!

Apesar de existirem interpretações de que essa Lei seria válida apenas aos serviços públicos de saúde através da citação: “... no âmbito do Sistema Único de Saúde”, de acordo com a Lei que rege o SUS (Lei 8.080 de 1990), esse direito é válido para todos os atendimentos independente da fonte de financiamento. O SUS engloba os serviços de saúde executados por pessoas naturais ou jurídicas, de direito público ou privado.

Lei 8.080 de 1990
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
A cada ano, o governo libera mais de 29 milhões de reais para custear a “Diária de acompanhante para gestante com pernoite”, de acordo com a Portaria nº 1.280 de junho de 2006.

Para os atendimentos realizados no setor privado, pelos planos de saúde, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) acrescentou a cobertura do acompanhante ao rol de procedimentos e eventos em saúde na RN 167 em 2008, que foi substituída pela RN 211 em 2010. Os planos de saúde devem dar cobertura ao acompanhante, isso é o BÁSICO de TODOS os Planos Hospitalares com Obstetrícia.
Resolução Normativa nº 211 da ANS, em 11 de janeiro de 2010
Do Plano Hospitalar com Obstetrícia

Art. 19. O Plano Hospitalar com Obstetrícia compreende toda a cobertura definida no artigo 18 desta Resolução, acrescida dos procedimentos relativos ao pré-natal, da assistência ao parto e puerpério, observadas as seguintes exigências:
I – cobertura das despesas, conforme indicação do médico assistente e legislações vigentes, relativas a um acompanhante indicado pela mulher durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, conforme assegurado pela Lei 11.108, de 7 de abril de 2005, ou outra que venha substituí-la;
Independente se seu plano de saúde é do tipo Quarto Coletivo ou Quarto Privativo, o plano de saúde deve cobrir o fornecimento de refeições (de acordo com a rotina de cada hospital), a acomodação adequada e a roupa esterilizada caso seja necessária. A cobrança de taxas para a entrada do acompanhante no parto é ILEGAL.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em junho de 2008 uma resolução que regulamenta o funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal.

Resolução da Diretoria Colegiada nº 36 da ANVISA, em 3 de junho de 2008
9. PROCESSOS OPERACIONAIS ASSISTENCIAIS
 
9.1 O Serviço deve permitir a presença de acompanhante de livre escolha da mulher no acolhimento, trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Nessa resolução da ANVISA, além de reafirmar o direito à presença do acompanhante no parto, também estabelece parâmetros para o funcionamento dos serviços que prestam atendimento a partos e nascimentos. Dentre os temas abordados, contém informações sobre como deve ser a estrutura física, sobre prevenção e controle de infecção para trabalhadores, mulheres e seus acompanhantes, sobre biossegurança, entre outros.
Toda mulher tem direito a um acompanhante de sua livre escolha durante o seu pré-parto, parto e pós-parto imediato, nos serviços públicos e particulares de assistência à saúde.
Apesar de tantas leis, portarias e resoluções, muitos hospitais e maternidades ainda não permitem a entrada de acompanhantes no parto.
Se você foi impedida de ter um acompanhante durante o nascimento do seu filho(a), DENUNCIE!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Cesárea agendada: os riscos que o bebê corre quando o parto é marcado sem necessidade.



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Pesquisa americana mostra que crianças que nascem antes de 39 semanas de gestação podem sofrer com problemas respiratórios .
Revista Crescer – Ana Paula Pontes

O parto cesárea agendado antes de 39 semanas de gestação aumenta a chance de o bebê ter problemas respiratórios. Outros fatores podem levar, ainda, a uma internação da criança na UTI neonatal. Essa é a constatação de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos.
Foram avaliadas 13.258 cesáreas eletivas (quando a cirurgia é agendada sem a paciente estar em trabalho de parto). Destas, 35,8% aconteceram antes de 39 semanas. O resultado mostrou que os bebês nascidos com 37 e 38 semanas apresentaram mais risco de complicações, entre elas problemas respiratórios e hipoglicemia.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a cesárea representa 45% dos partos, contrariando a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que é de 15%. “Muitas cirurgias são feitas sem necessidade, apenas por comodismo, tanto dos pais da criança, que querem se organizar melhor, quanto dos médicos, que não precisam desmarcar consultas para realizar um parto a qualquer momento”, diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês (SP). A situação se agrava ainda mais se houver um erro na idade gestacional, fazendo com que o bebê nasça prematuramente.
Já, se a mãe entra em trabalho de parto e, no meio do caminho, é preciso realizar uma cesárea, o risco de problemas pulmonares é menor. Isso porque, durante o processo, o bebê sofre uma compressão no útero da mãe e, segundo Pupo, há uma série de transformações que acontecem na criança de maneira que ela fica mais preparada para sobreviver fora do útero. “Não se deve interferir num processo natural, a não ser em casos específicos em que há risco de vida para a mãe e o bebê”, enfatiza o ginecologista.
A data provável dos partos é em torno de 40 semanas de gestação. E, se mãe e filho estiverem bem, esse prazo pode se estender até 41 semanas e 6 dias.


Os benefícios do parto normal
Para o bebê: esse tipo de nascimento é bom para a criança porque segue o processo natural. Ela nasce na hora certa, a não ser nos casos de prematuros. Existem várias evidências e especulações de que o trabalho de parto não é meramente uma atitude física de expulsão do bebê, e sim uma alteração de padrão hormonal em que há liberação de hormônios pela mãe e bebê que sinalizam que o momento de nascer está chegando. Outro beneficio é que o tórax do bebê é comprimido ao passar pelo canal de parto, o que faz com que ele expulse secreções das vias respiratórias, tornando-o mais adaptado a respirar.
Para a mãe: além do aspecto psicológico, da satisfação da mulher em poder dar à luz, a recuperação é mais rápida e são menores as chances de complicações após o procedimento, como sangramentos ou infecções, por exemplo.